Mais
antiga cooperativa agropecuária em funcionamento no Brasil, a Cotribá
encerrou o exercício de 2022 com um faturamento recorde de R$ 4,09
bilhões, superando os R$ 3,53 bilhões alcançados em 2021. Com este
resultado, o total distribuído aos produtores associados é de R$ 28,99
milhões, superior aos R$ 27,3 milhões do ano anterior. O resultado
operacional líquido ficou em R$ 62,68 milhões. “É com emoção que
divulgamos esses resultados, porque mesmo com as dificuldades que já
amos, nunca desanimamos e buscamos soluções a cada dia”, afirmou o
presidente da cooperativa, Celso Leomar Krug. A assembleia geral foi
realizada sexta-feira, dia 03/02, na Associação dos Funcionários da
Cotribá (ASFUCA), em Ibirubá, sede da cooperativa.
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Foto: Arquivo/Cotribá
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Presidente Celso Leomar Krug. Foto: Arquivo/Cotribá
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O
faturamento alcançado é decorrência da boa safra de 2022,
principalmente da lavoura de trigo, que é considerada a melhor em mais
de 40 anos, tanto em qualidade quanto em rentabilidade e bons preços.
Além disso, 95% do milho recebido foi destinado à exportação. O
presidente disse que esse desempenho possibilitou aos produtores recuperarem um pouco da safra frustrada de verão.
O
recebimento de grãos foi responsável por 66,84% do faturamento da
Cotribá, enquanto os insumos agrícolas responderam por 16,85%, as rações
por 5,68%, as sementes por 3,15% e o leite por 2,59%, entre outros
produtos e serviços. Entre os principais produtos, no ano ado, houve
o recebimento e compra de 11,15 milhões de sacas de soja, 3,77 milhões
de sacas de trigo, 30,11 milhões de sacas de arroz e 1,89 milhão de
sacas de milho.
Investimentos
A
Cotribá integra o Ranking das 500 maiores empresas da região Sul e
figura entre as 100 maiores empresas do Rio Grande do Sul, divulgado
pela Revista Amanhã. Com os resultados obtidos no ano ado, a
cooperativa ampliou o volume de investimentos, chegando a R$ 261
milhões, um aumento de 98% em relação aos R$ 131 milhões de 2021. Os
recursos foram aplicados, principalmente, na ampliação de unidades e
escritórios, investimento na nova fábrica de rações e no aumento da
capacidade de estocagem em cerca de 660 mil sacas, totalizando 13,5
milhões de sacas com as novas unidades em Santa Vitória do Palmar,
Soledade e Barros Cassal.
Krug
confirmou que a primeira fase da nova fábrica de rações estará
concluída neste ano para produção de ração de bovinos de leite e corte,
suínos, aves, equinos, ovinos e suplementos minerais. A nova unidade
está em construção em Ibirubá e irá ampliar de 100 mil para 300 mil
toneladas a capacidade anual de produção de rações da cooperativa, a
partir de um investimento de R$ 100 milhões. A Cotribá já é a maior
produtora de rações para o gado leiteiro do Estado. A nova fábrica será
totalmente automatizada e a unidade contará com sistemas robotizados
para ensaque e expedição.
Novos negócios
Durante a assembleia, o presidente anunciou aos associados a constituição
da Cooperativa Central de Serviços Agropecuários (CCSA) para
comercialização de seguros de vida, patrimonial e de veículos, entre
outros, a partir de abril deste ano, e a compra de ações da CowMed,
startup de Santa Maria. A empresa é voltada ao monitoramento animal à
distância, por meio de coleiras colocadas nos rebanhos com
acompanhamento por um aplicativo. A meta é chegar a 70 mil vacas
monitoradas ainda em 2023.
A
Cotribá também aposta muito em energia solar e Krug relatou que no ano
ado mais três unidades – São Gabriel, Encruzilhada do Sul e Quinze
de Novembro - começaram a ser abastecidas por meio das placas
fotovoltaicas. Está em andamento a instalação de equipamentos na unidade
de Cachoeira do Sul. “É um desafio. Não é mais futuro, energia solar é presente”, destaca o presidente.